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João Arcanjo Boa-Morte era o professor brutal que coordenava uma equipe de especialistas no curso noturno – e secreto – para alunos delinquentes. O reforço disciplinar tinha o apoio da diretora Clotilde Krebs que, diante da escola mergulhada no caos e na violência, impôs uma drástica medida. O diário de classe era pavoroso, explosivo. Até que um sindicalista enlouquecido pelo poder se candidatou a vereador aliciando diversos alunos aos subterrâneos da política com seus figurões, bandidos, feministas, assessores e generais com nervos de aço e fala gentil. Tudo em uma escalada vertiginosa de…mehr

Produktbeschreibung
João Arcanjo Boa-Morte era o professor brutal que coordenava uma equipe de especialistas no curso noturno – e secreto – para alunos delinquentes. O reforço disciplinar tinha o apoio da diretora Clotilde Krebs que, diante da escola mergulhada no caos e na violência, impôs uma drástica medida. O diário de classe era pavoroso, explosivo. Até que um sindicalista enlouquecido pelo poder se candidatou a vereador aliciando diversos alunos aos subterrâneos da política com seus figurões, bandidos, feministas, assessores e generais com nervos de aço e fala gentil. Tudo em uma escalada vertiginosa de fatos como o impeachment de Dilma Rousseff, o nascente Movimento Escola sem Partido, as teorias comportamentais, a destruição do caráter desde a adolescência; amores, amizades e famílias aniquiladas em desinformação e a fúria de arruaceiros prontos a invadir uma escola. Boa-Morte os aguarda – à espreita de candidatos a uma vaga no triturador de canalhas – com lápis, caderno, livros, notebook e um dardo tranquilizante... Matrículas abertas, o magistério não mais será o mesmo.
Autorenporträt
Helton Lacerda, carioca, 46 anos, é servidor público. O experimentalismo formal não o atrai como em outros tempos, quando lançava mão de uma escrita descompromissada em humor cáustico. O ambiente escolar provocou-lhe viva impressão pelo que se ocultava em amizades burocratizadas. O mundo se desnudava no sórdido exibicionismo comportamental dos colegas – sentiu a angústia gerada pelo "espírito crítico" do marxismo, onde se aprendia a sorrir para aniquilar. Eis o colégio, em nada tão diverso do que Machado de Assis e Raul Pompeia escreveram; ou do que Stanley Kubrick e Larry Clark filmaram. Helton Lacerda não acredita em bullying, pois não crê eficazes ações preventivas contra o imprevisível de cada um. As terríveis experiências com a animosidade dos colegas forjaram nele um observador atento e retraído que, ao olhar para as salas de aula, jamais escreverá como roteirista de um seriado juvenil.