A ausência de fósseis em bacias siliciclásticas afossilíferas dificulta o seu conhecimento pela falta de idades, cuja limitação com avançadas técnicas e meios analíticos, além do desenvolvimento de roteiro metodológico específico, viabiliza datação em bacias Paleoproterozóicas. A metodologia baseou-se em controles estratigráficos e estruturais apoiados por mapas geológicos, sessões e colunas estratigráficas, levantamentos geofísicos, fotos aéreas e imagens de satélite e radar em diferentes escalas. O georreferenciamento dos dados serviu de base para a escolha de áreas-chave e a coleta estratégica de amostras para datação. A base dos dados U-Pb foi obtida através do LA-ICPMS, com checagem pelo SHRIMP. O roteiro metodológico desenvolvido foi aplicado à Bacia Afossilífera Proterozoica do Espinhaço Meridional-MG, investigada a mais de 2 séculos e consagrada pelos depósitos diamantíferos, ainda hoje cenário de apaixonadas discussões geológicas. Este estudo potencializa o interesse em diferentes áreas associadas à evolução de bacias e suas implicações geotectônicas, relacionadas à prospecção do seu potencial econômico, dos diferentes bens minerais, com ênfase aos depósitos petrolíferos.