A luta de mulheres por igualdade ou pelo fim da violência contra o gênero feminino faz parte de séculos da história da humanidade. Entretanto, apenas na década de 1970, com o aumento significativo da intervenção humana no meio ambiente, as lutas feministas passaram a se relacionar diretamente com as questões ambientais. A partir de então, nascem alguns questionamentos: há algo em comum entre as violências perpetradas contra as mulheres e a natureza? O patriarcado as oprime de maneira semelhante? Se a resposta for positiva, isso ocorre de maneira igual entre todas as mulheres? Diante disso, filósofas ecofeministas buscam respostas a esses questionamentos e elaboram teorias capazes de solucioná-los. Sendo assim, esta obra, através do procedimento metodológico de análise de conteúdo, tem como objetivo principal responder em que medida a filosofia ecofeminista decolonial pode funcionar como instrumento teórico capaz de compreender as inter-relações existentes entre as violências sofridas pelas mulheres e pela natureza latinas, a partir da análise do Brasil e do Sistema Interamericano de Direitos Humanos. Para isso, o livro é construído com um estudo multidisciplinar que envolve a abordagem da teoria clássica de direitos humanos e o surgimento de correntes críticas. A compreensão de movimentos feministas e ecofeministas. E o estudo de casos concretos ocorridos com mulheres latinas, especialmente brasileiras, e julgados pelo Sistema Interamericano de Direitos Humanos
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