Este trabalho pretende analisar a concepção de justiça em Santo Agostinho, especificamente no livro XIX de sua obra De Civitate Dei, demonstrando sua relação com o pensamento ciceroniano, principalmente frente à célebre obra Da República, além das obras Disputações Tusculanas e De Officiis. Para tanto, num primeiro momento apresentaremos alguns tópicos do império greco-romano e a importância da figura de Cícero para Roma. Em seguida, veremos o que Agostinho expõe diante a realidade vivida por Roma em seu período e as crises existentes entre os cristãos e a cultura pagã no baixo império romano. A partir daí, teremos subsídios para acompanhar as ideias expostas no livro XIX; sobre sua concepção de justiça e a resposta que ele aponta sobre a importância da busca do Sumo Bem, aquele que, reformulado pela ordem do amor de Deus, mantém a paz e a harmonia entre os homens.