Neste trabalho apresenta-se a questão da ética, da política e da educação, partindo da tradição patrimonialista como principal característica de formação do Estado brasileiro. Considerando a influência desta vertente para o entendimento do nosso processo educacional, da constituição moral presente na nossa cultura e da prática política estabelecida até o presente momento, o problema se apresenta: é possível uma educação emancipadora no seio desta tradição patrimonialista? Ainda mais, é possível a formação de um ethos ¿não patrimonialistä para a nossa sociedade? Propondo reflexões para uma práxis pedagógica emancipadora diante desta tradição patrimonialista, discorremos sobre a ética e sua fundamentação, a política e seus desdobramentos e o surgimento do Estado a partir da Modernidade. Apontamos ainda para a discussão da moral social, iniciada com os liberais ingleses, e das leituras de Adorno e Paulo Freire, nas propostas de uma educação emancipadora e libertadora, respectivamente. Esperamos que nossas análises contribuam um pouco mais para a reflexão principalmente nas áreas da Filosofia da Educação e da Pedagogia, considerando-se principalmente a formação de professores.