Esta pesquisa historiciza o percurso da escola indígena no Vale do Juruá/Acre, diante da recente inserção dos povos indígenas na escola formal. No estudo são ressaltados alguns aspectos das relações conflituosas com o objetivo reconstituir historicamente esse processo escolar, considerando o projeto educacional pensado para essa parte da Amazônia, com recorte temporal circunscrito ao período compreendido entre a década de 70 do século XX e nossos dias, dando ênfase às lutas e impasses dos movimentos e organizações indígenas e indigenistas em prol da educação escolar na região. A pesquisa chama atenção para a tarefa que os povos indígenas, e toda a sociedade, têm diante de si de refletir sobre a forma pela qual as necessidades do mundo pós-moderno repercutem nas aldeias, impondo-lhes novas formas de ver e ressignificar a própria vida e igualmente a educação. Estabelecer escolas que atendam as suas próprias demandas, respeitando a diversidade cultural, garantindo - lhes autonomia eparticipação na formulação de políticas educacionais foi o primeiro passo de um modelo que começou a ser desenhado na região do Juruá, mas que ainda representa um grande desafio na região.