No Brasil, as comunidades quilombolas são inseridas no campo dos direitos "sociais" a partir dos anos 2000. Desde então, tais comunidades passam a integrar o público-alvo de políticas e programas sociais destinados aos "pobres", "miseráveis" e aos em situação de "risco e vulnerabilidade social". Diante dessa classificação "oficial", indaga-se acerca de quais concepções e significados a dita "pobreza" adquire para tais comunidades; quais critérios são acionados pelas mesmas para classificar um agente social como "pobre"; e, por outro lado, quais estratégias as comunidades quilombolas utilizam para se inserirem nas ações assistenciais destinadas aos "reconhecidamente pobres". O campo empírico problematizado é a comunidade quilombola Ariquipá, localizada no município Bequimão (MA). Com o aporte da sociologia reflexiva (Bourdieu, 2010), a autora reflete em torno de categorias como "pobreza como representação" (Araújo, 2001), "colonialidade do poder e do saber" (Escobar, 2007; Quijano, 2005; Lander, 2005) e "etnopobreza", por ela construída. Assim, esta obra discute as contradições entre igualdade e diversidade no âmbito dos "direitos sociais" garantidos pelo Estado multicultural.
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