Em tempos de incerteza, os homens não param de produzir acalantos que lhe permitam minimizar a inquietude. Uma forma de acalanto é escrever, pois escrever é a tentativa mais bem sucedida de mensurar sonhos, quantificar projetos e edificar um farol no fundo da escuridão. Quando essa escrita é acadêmica paira ainda sobre ela uma áurea de verdade mais duradoura que as outras. É desse modo que começo a me referir ao texto Caminhos pela Liberdade do Conhecimento. Essa pesquisa nasceu de uma grande incerteza. Em 2004 havia um telecentro em Quissamã - um assentamento - que atendia assentados de todo o Estado de Sergipe. O Telecentro era a promessa de dias melhores para a comunidade, afinal todos poderiam a partir dali se conectar com o mundo, saber como os outros assentamentos de qualquer lugar do Brasil funcionavam, saber como os outros movimentos se organizavam para contrariar os representantes do capitalismo selvagem.