Assim retornou-se, na segunda metade do século XX, às ideias do jusnaturalismo que os velhos gregos já haviam descoberto nas tragédias e nos debates filosóficos, mas que o positivismo jurídico pretendera apagar. Este retorno foi beneficiado pelo recente desenvolvimento da axiologia. A Justiça deixa de ser vista, então, pelo autor, apenas como virtude ou sentimento e passa a ser analisada como um valor na escala axiológica, uma espécie do bem nas relações sociais.
A partir das ideias do jusfilósofo brasileiro Armando Câmara, é analisado o conceito de Justiça como conformidade das relações interpessoais com os fins da vida enquanto convívio, ou com o bem comum. As considerações metafísicas sobre relação e sobre bem comum revelam, então, o essencial do conceito de justiça.
Enfrenta, finalmente, o autor, o reiterado conflito entre e ser e dever ser, para encontrar solução no homem, como um ser-que-deve-ser. Culmina, assim, o trabalho com a tese do Direito como técnica que visa à realização do homem; que, ao apontar ao homem os fins sociais da vida como modeladores da conduta justa e exigir que sejam respeitados, coloca-o no rumo da realização de seus fins últimos.
Dieser Download kann aus rechtlichen Gründen nur mit Rechnungsadresse in A, B, CY, CZ, D, DK, EW, E, FIN, F, GR, H, IRL, I, LT, L, LR, M, NL, PL, P, R, S, SLO, SK ausgeliefert werden.