O rio Maranguapinho apresenta como impacto ambiental a poluição de suas águas. O leito do rio recebe água de diversos canais da região e de tubulações clandestinas de efluentes domésticos. Um estudo foi realizado com a finalidade de avaliar a contribuição natural e antropogênica dos metais pesados presentes nos compartimentos de água superficial, sedimento de corrente e em vísceras de peixe do rio Maranguapinho. As concentrações de Al, Fe e Mn encontradas na água, embora acima do valor máximo permitido, não foram consideradas contaminantes, indicando que esses elementos são resultantes da composição litológica da região. As espécies detritívoras Hypostomus jaguribensis e Loricariichthys nudirostris apresentaram as maiores quantidades dos metais estudados (Al = 44,34 ppm, Fe = 460,15 ppm e Sr = 1,38 ppm), possuindo uma maior tendência a acumular em seu organismo elevadas quantidades de metais e podendo ser considerados bons indicadores da qualidade ambiental. A bacia do rio Maranguapinho é um ambiente natural potencialmente frágil. Os vários tipos de interferências antropogênicas, em especial a descarga de efluentes, contribuíram de forma marcante para a sua degradação ambiental.