Numa época de tão marcada indiferença religiosa, consequência do avanço da secularização, mas ao mesmo tempo, onde a procura do sagrado faz com que as religiões adquiram um novo relevo. A disciplina ensino religioso se torna um assunto privilegiado porque é parte da educação integral e não uma concessão do Estado mas um direito ao princípio de liberdade que inclui a dimensão religiosa. A liberdade religiosa constitui um direito humano essencial e uma das pedras angulares do edifício dos direitos do homem, uma vez que diz respeito ao campo íntimo da existência humana e da identidade pessoal, do relacionamento entre a pessoa e o transcendente. A aptidão própria do ecumenismo aplicada com liberdade, tem servido para compor a harmonia religiosa através da tolerância, da confiança, do respeito e da compreensão recíprocas, elementos essenciais para a construção da paz. Este é o princípio, embora não colocado explicitamente nos documentos oficiais com o nome de "ecumenismo", ou "busca de diálogo", é a base da nossa argumentação. Esta é a norma que deve ser garantida com toda liberdade em meio a diversidade religiosa para a construção da harmonia na pluralidade.