A produção artística contemporânea aborda com frequência a situação do sujeito urbano imerso em uma objetividade não acolhedora e não totalmente compreensível, em um contexto social tomado por uma quantidade de informação impossível de ser processada em sua totalidade. Partindo de considerações sobre as representações desta premissa tanto na linguagem literária quanto na musical, este livro tem por objetivo averiguar como se dá a construção da figura do sujeito contemporâneo nas obras do escritor estadunidense Philip Roth e da banda britânica Radiohead. Para tanto, foram selecionados como corpus de investigação o romance Everyman (2006), de Roth, e o disco OK Computer (1997), do Radiohead, por serem representativos da obra de seus autores e também pela força criativa de suas idiossincrasias. O trabalho considera em que medida os meios de comunicação de massa vêm influenciando, nas últimas décadas, os modos de produção de arte e os conceitos estéticos que os embasam, e analisa de que maneira chegam a definir aspectos do comportamento do indivíduo dos dias atuais, a ponto de moldar suas relações interpessoais.
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