Esta pesquisa tem como orientação principal o debate sobre o lugar do Facebook, Instagram e WhatsApp - agora sob o nome do conglomerado Meta - como monopólio comunicacional e suas possíveis consequências. Está organizada em quatro aproximações que, relacionadas, respondem a questão da afinidade entre imagens, dramatização e produção de valor na fórmula comunicacional disponibilizada aos usuários pela plataforma, fazendo com que a realidade individual e coletiva passe por um filtro tecnologicamente mediado, e que seja apreendida e (auto)reflexionada por intermédio dessas relações. De tal maneira, a abordagem do problema e a proposta analítica passam pela relação da imagem com o eu, a ficção, a própria imagem e o suposto estatuto de imortalidade. Como resultado, por meio do fetichismo metodológico, a pesquisa debate diferentes camadas narrativas da decorrente ficcionalização da vida, identificando um mercado de imagens e de pessoas que motiva, por sua vez, a produção de si; a incursão de si na realidade; a produção dos fatos e a transformação dos eventos em registro privado. O livro trata, portanto, da produção da vida como mercadoria, por meio da narrativa produzida cotidianamente nas redes sociais, considerando que a comunicação tecnologicamente mediada se estabelece por intermédio da imagem e pela dramatização, tendo como resultado perverso dessa técnica a ficcionalização da realidade social.
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