Este livro é uma rica e instigante surpresa. Quem diria? O ofício de preparar o corpo de uma pessoa que morreu (tanatopraxia), num ambiente socialmente oculto e aparentemente repulsivo, no qual o trabalho implica riscos de contaminação e de acidentes, pode significar mais do que apenas lidar com a morte. Isto porque o profissional da tanatopraxia pode gerir coletivamente suas atividades, num ambiente saudável e de rotatividade mínima, atribuindo quase sempre um sentido gratificante às suas atividades. Por outro lado, por que o trabalho num ambiente clean, em condições salubres e equipamentos sofisticados, como um call center, pode ser fonte de adoecimento físico e mental? Nele, os operadores raramente se identificam com as atividades repetitivas, o ritmo e pressão permanentes, o clima de gestão autoritária. Ali, se encontra com uma organização do trabalho fonte de adoecimentos físicos e transtornos mentais. Ali "morrem" o sentido e o prazer do que se faz. Este livro é de primordial interesse para pesquisadores, estudantes e profissionais das áreas da saúde mental e da gestão. Ele mostra que o sujeito não é uma peça invisível, que se desgasta e é infeliz no trabalho. Ele nos ensina que o sentido do trabalho é inseparável do próprio sentido da existência. José Newton Garcia de Araújo, PhD. (Doutorado em Laboratoire de Psychologie Clinique et Sociale pelo Université Paris Diderot, França (1990). Parecerista ad hoc da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, Brasil)
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