A zona rural também era pensada não apenas para fins agrícolas. No caso do Rio de Janeiro, os planos para o aproveitamento agrícola da região sempre caminharam junto a planos que reservavam a expansão de atividades urbanas para a mesma região. E novamente as obras de saneamento do governo federal se apresentariam como exemplo emblemático: os terrenos ganhos para a agricultura também eram excelentes para a implantação de loteamentos urbanos. Tal expansão urbana passaria a colocar em risco a própria existência da zona rural da cidade. Expansão esta que se apoiaria na grilagem de terras, concorrendo para entre outras coisas, a expulsão das famílias de pequenos lavradores de suas terras. Tal processo evidenciou que, se era preciso fomentar a agricultura para abastecer o Distrito Federal, era necessário também estabelecer uma política que assegurasse a posse da terra aos seus pequenos lavradores. Os anos 40 e 50 viriam para mostrar que não bastavam políticas agrícolas. Para garantir a preservação do cinturão verde carioca (então já chamado de Sertão Carioca), era preciso barrar a grilagem, o roubo de terras. Era preciso uma política de terras que assegurasse, portanto, uma política agrícola.
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