Desenvolver a análise das atividades chamadas informais supondo que constituem um "setor econômico informal" é um caminho que não contribui para a compreensão destas atividades, porque envereda a análise deste "setor" em uma sucessão de impasses e admite uma exterioridade, um alheamento deste "setor" em relação à economia capitalista. Mesmo a premissa de que os chamados setores formal e informal mantêm "relações de complementaridade" entre si não torna esta perspectiva analítica profícua, pois o suposto é ainda de uma relação dualista. Assim concebidas, as formas de organização da produção "tipicamente capitalistas" e as demais espécies de trabalho existentes são como bolas de bilhar que, por serem impenetráveis, são simplesmente convizinhas, mantêm apenas uma relação de convivência, mas não estabelecem relações internas. Cada forma de trabalho se torna o que é, isoladamente, se constitui independente de suas relações mútuas. Assim, esse estudo interessa àqueles que analisam a informalidade não como um fenômeno que irá ser absorvido pelo crescimento econômico, nem como um caso de polícia, mas como um elemento constituinte desta economia excludente.
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