O uso das plantas como fitoterápicos tem aumentado consideravelmente nos últimos anos, aumentando também o interesse da população, das agências de saúde e das indústrias farmacêuticas em garantir a qualidade microbiológica e fisicoquímica das plantas medicinais e os seus produtos derivados. Dentre os métodos usados atualmente na descontaminação microbiológica de materiais vegetais destaca-se a radiação gama como uma das técnicas mais eficientes. Porém, pela alta energia que este tipo de radiação possui o material vegetal pode ser quimicamente alterado, afetando a sua composição e as suas propriedades biológicas. A espécie Solanum stipulaceum Roem & Schult (Solanaceae) é endêmica e nativa do Brasil, amplamente usada pela população brasileira com fins terapêuticos, mas ainda pouco estudada química e farmacologicamente. Neste contexto, foi avaliado o efeito da radiação gama na composição química de óleos essenciais das flores e folhas de S. stipulaceum e nas suas propriedades antioxidantes e antileucêmicas.