Este trabalho buscou investigar a cognição do eleitor-comum brasileiro, durante o processo eleitoral de 2002, em especial, a eleição presidencial. Foram analisadas bases de dados qualitativas e quantitativas para agregar evidências empíricas que pudessem nos ajudar a compreender os fatores que envolveram a escolha eleitoral. Pudemos observar que a racionalidade que envolve os principais atores, durante o ano eleitoral - candidatos, eleitores e mídia -, respeita uma lógica e temporalidade próprias, sendo que a campanha aparece como período importante na definição do voto. Também foi possível compreender que as motivações que cercam a escolha de um candidato são normalmente ponderadas pelos eleitores e que estes fazem uso de diferentes fontes de informação na construção de seu entendimento e conhecimento a respeito da esfera político-eleitoral.