Esta obra estuda os fundamentos da crise argentina de 2001. Após libertar-se de uma feroz ditadura militar no início dos anos 1980, a Argentina viu-se em uma crise econômica aguda, com hiperinflação, e uma das maiores dívidas externas. Após algumas tentativas de estabilização, com mudanças institucionais profundas, a situação pareceria resolvida no Plano de Convertibilidade, em 1991. O país adotou a paridade cambial de sua moeda, em identidade com o dólar estadunidense. Viriam fortes taxas de crescimento do PIB nos primeiros anos do Plano, enquanto privatizava suas empresas públicas, desregulava seu mercado de trabalho e abria sua economia ao capital externo. O FMI e o Banco Mundial incentivaram o Plano de Convertibilidade e as medidas de política econômica da Argentina, apresentando-a como exemplo aos demais países por uma década. Em 2001, como resultado das políticas adotadas, a Argentina sofreu uma retração acumulada de mais de 16% do PIB em um intervalo de um ano. De exemplo de política econômica do FMI, a Argentina passou à moratória de sua dívida, que cresceu exponencialmente durante o período.
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