Vigotski afirma que nas possibilidades psicológicas existem três tipos de educação pelo trabalho. O primeiro é a escola de ofícios, que transforma o trabalho em objeto de ensino. O segundo é a escola ilustrativa, em que o trabalho é apenas método e não objetivo de ensino. O terceiro é a educação, em que o trabalho é a própria base do processo educativo. Para entender os fundamentos psicológicos deste último tipo, este estudo de caso investiga o sentido atribuído aos processos de ensino-aprendizagem pelos aprendizes de uma escola profissionalizante inserida em uma montadora de automóveis. O cenário contrapõe o mundo da produção, marcado pelos interesses do capital e do trabalho, com o mundo da escola, com a intensidade das atividades desenvolvidas, das relações interpessoais e dos processos de ensino-aprendizagem, marcada pelos pressupostos de uma educação voltada para o agir, o sentir e o pensar. A pesquisa teve como aporte a abordagem sócio-histórica para a compreensão dos significados subjetivamente construídos pelo grupo social e do sentido constituído no e do confronto entre as significações sociais vigentes e as vivências pessoais. Este texto levará o leitor a descobrir as relações que contribuíram na construção dos significados dados pelos aprendizes; desvelar a dinâmica da escola, com sua profusão de signos ideológicos; e indagar se o trabalho da escola se imbricou com a ?escola do trabalho?, dominada por contradições utilizadas pelos sujeitos para tecer os sentidos.
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