Esta pesquisa objetiva analisar um fenômeno bastante observável na economia brasileira nos últimos anos: as alianças estratégicas entre o comércio varejista e instituições financeiras. Partindo de uma análise fundamentada na teoria do capital financeiro de Rudolf Hilferding e na concepção de crédito sob a ótica de Joseph Stiglitz são discutidos os possíveis fatores determinantes para a consolidação do fenômeno. É importante salientar que a ênfase da análise é dada sobre o comércio varejista e em relação às instituições financeiras. A amostra de cadeias varejistas analisadas é formada por 28 (vinte e oito) redes do setor, onde 17 (dezessete) dessas empresas forneceram não só informações vinculadas às alianças estratégicas estabelecidas com bancos, mas também evidenciaram dados financeiros vinculados à atividade de oferta de empréstimos e/ou financiamento de vendas ao público consumidor. Verificou-se então que, de acordo com as informações colhidas pela amostra investigada, dois fatores foram de fundamental importância para a formalização das alianças: o comprometimento de capital e o risco associado à oferta de crédito por parte das redes de varejo.