O final da Guerra Fria e o desmonte do bloco soviético marcaram os novos rumos do processo de integração europeia, agora livre da divisão Leste-Oeste. Assim, o século XX se encerrou com boas perspectivas para os defensores de união dos países da Europa e o desejo por uma agenda mais profunda do que a econômica e de defesa voltaria à pauta. Infelizmente, o início do século XXI assistiria a intervenções militares, massacres, "limpezas étnicas", crises especulativas e guerras justificadas pelo discurso da "Guerra ao Terror". Adicionalmente, uma crise financeira, com origem na não-realização de investimentos em papeis de origem estadunidense, e garantidos em última instância pelo governo daquele país, alavancaria a crise de dívida pública de alguns países do subconjunto da União Europeia: a Zona do Euro. Sem liberdade para aplicar políticas fiscais, monetárias ou cambiais próprias, tais países se veriam obrigados a arcar com os custos da opção realizada por seus bancos privados, no mercado financeiro internacional. É esse o tema desta obra, a formação e expansão do bloco econômico europeu e a crise que atingiu seu subconjunto dos países unificados monetariamente: a Zona do Euro.