As personagens da jovem capital mineira reveladas aqui poderiam ter habitado qualquer outra cidade do mapa, com fronteiras bem-marcadas para certas vontades femininas. São universais seus beijos negados, amores proibidos, suspiros emudecidos transformados em vozes que nunca se calam, mesmo depois de mortas. Sussurram a partir da história dos lugares e do sonho dos moradores. Nossa professora ensina que, como os gregos, devemos lembrar-nos, a todo tempo, de que somos mortais. E, neste livro, ela descortina como podemos estar mortas por fogo e fantasia, e como os temas passionais são tão sérios para a vida humana quanto as guerras estratégicas de Atenas. Na galeria é uma canção feminina feita com versos que levam muitos nomes. Ao colocar seus olhos sábios sobre a vivência dessas mulheres, Maria de Lourdes as torna menos solitárias, retira seus corpos da condição de objeto e faz cumplicidade, não só com elas, mas com todas nós que recebemos o acalanto do seu entendimento compreensivo da condição feminina. Érica Toledo
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