FELICIDADE FECHADA Livro de Miruna Genoino narra, a partir dos relatos e memórias afetivas da filha, a trajetória do pai, o ex-presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) e militante de esquerda José Genoino, desde a condenação em 2005 à liberdade em 2014. A edição, prevista para lançamento em março de 2017, arrecadou coletivamente, pela plataforma digital Catarse, R$ 90 mil em menos de 11 dias. "Ninguém notou. Ninguém morou na dor que era o seu mal. A dor da gente não sai no jornal": os versos do compositor e cantor Chico Buarque de Holanda, podem ser associados livremente como poesia musical do livro Felicidade Fechada de Miruna Genoino, se a leitura for considerada como um ato de escuta do outro. Com data de lançamento prevista em todo o Brasil para março de 2017, pela Editora Cosmos, o título transcende a condição de livro com teor jornalístico e factual ao expor um relato sensível e humano da filha de José Genoino, que assumiu para si a tarefa em ser a "expressão pública da família", durante o processo e a condução do julgamento de seu pai na Ação Penal 470, conhecida popularmente como "Mensalão". A força de expressão narrativa de Felicidade Fechada encontra-se na consanguinidade existente entre a memória afetiva e a memória material concreta de uma filha que tece, recordando-se do pai na sua dimensão de força e fraqueza, coragem e fragilidade, como cidadão anônimo e político. Em suma, como "um humano, demasiadamente humano", contornando aquilo que condiciona, no sentido positivo, a ação política: os laços de fraternidade e solidariedade. Como salienta José Genoino no Posfácio da edição: "Este livro de Miruna é o contato vivo com a memória, olhando o presente e o futuro de uma maneira muito concreta". A publicação ainda conta com prefácio do vereador eleito Eduardo Suplicy, amigo da família.
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