O comportamento autolesivo, ato de o indivíduo provocar ferimentos de forma intencional no próprio corpo, consiste em um problema de saúde e de segurança pública por se tratar de violência na forma autoinfligida, questão complexa e multifatorial. Tomando como premissa que adolescentes que passam por problemas nas relações interpessociais são suscetíveis a autolesão, este estudo procurou compreender as funções da autolesão para o adolescente, como relembrado, percebido e suposto por participantes adultos. Foi realizada uma pesquisa com 508 participantes, entre 18 e 75 anos, de diferentes regiões do Brasil, que responderam ao Questionário de Declarações do Comportamento Autolesivo - QDCA, inspirado e desenvolvido a partir do "Self-Injury Questionnaire - SIQ", e do "Inventory of Statements About Self-injury - ISAS". Foi confirmada a prevalência do comportamento no sexo feminino e início por volta da adolescência. Achado importante nesta pesquisa aponta que, aparentemente, os que iniciam antes da adolescência permanecem mais tempo com o comportamento, podendo ir até a vida adulta, e os que iniciam na adolescência se recuperam mais rápido. A percepção de que a dor ou a sua anestesiação é uma função importante também foi concluída na pesquisa. O autocontrole, auxiliado por apoio psicológico de amigos, e orientação espiritual aparecem como medidas interventivas importantes. O comportamento autolesivo deve ser estudado separado da autolesão quando sintoma de outro transtorno mental.
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