As bactérias produtoras de beta-lactamases de espectro estendido (ESBL), de acordo com o Center for Disease Control and Prevention e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, têm sido as maiores responsáveis pela ocorrência e disseminação mundial da resistência em ambientes hospitalares. Estes são capazes de se estabelecer nestes locais, proporcionando surtos ou epidemias e a taxa de morbimortalidade são maiores nas infecções com estes organismos. Com isso, há um elevado risco de falha terapêutica e consequentemente, ocorre uma diminuição das opções terapêuticas. Esta produção de ESBLs entre os isolados clínicos de bactérias Gram-negativas é mediada por plasmídeos e se tornou um importante mecanismo de resistência aos antibióticos beta-lactâmicos, tendo a capacidade de hidrolisar oximino-cefalosporinas e aztreonam. A detecção de genes associados à produção de ESBL plasmidiais em cromossomos implica na possível transferência destes não só entre as espécies de enterobactérias, mas também em não enterobactérias. O uso abusivo e indiscriminado destes antibióticos proporciona o aumento da resistência não só aos beta-lactâmicos, mas também a outras classes de antibióticos.