O presente livro consiste na análise imanente dos pressupostos da ¿guinada linguístico-pragmáticä de Jürgen Habermas, verificada no interior de sua magnum opus ¿ a Teoria do agir comunicativo, publicada em 1981. O objetivo a que nos propusemos alcançar é a elucidação do modo peculiar como Habermas absorve as aquisições teóricas da pragmática linguística (em especial J. L. Austin e J. R. Searle) visando a construção de sua teoria da comunicação, cujo ponto central é a postulação do consenso entre sujeitos capazes de linguagem e ação como o ¿fim último¿ ou télos do agir comunicativo. A hipótese teórica ¿ ou de trabalho ¿, que acreditamos ter sido confirmada ao longo de nossa pesquisa, é a de que Habermas, mesmo sendo um árduo defensor da razão e do ¿projeto da modernidade¿, exibe um ponto em comum com os pensadores do período que se convencionou designar pós-modernidade: o chamado ¿idealismo linguístico¿, isto é, a apreensão dos atos comunicativos como entidades autônomas, porque separados das relações materiais e sociais dos homens.
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