O livro traz um estudo sobre a constituição de Virmond, uma colônia de imigrantes poloneses, fundada no início do século XX. Abordam-se as possíveis relações entre a Igreja Católica e a formação identitária, e como essa relação teria marcado a vida dos moradores, estabelecendo práticas e saberes. Para essa compreensão há necessidade de estabelecer conexões com as mudanças ocorridas no interior da Igreja Católica naquele momento, como a romanização do catolicismo e a afirmação da igreja católica no Brasil. A religiosidade presente entre os imigrantes, com o desejo da continuidade de exercer sua fé vai estar presentes no lar, na escola e na comunidade como um todo. Ao referir-se à colonização dos imigrantes abordam-se questões como identidades individuais e coletivas, permanências e mudanças, e a construção da memória. Através de entrevistas com os imigrantes poloneses e seus descendentes (história oral) e ainda pela utilização de publicações da época pode-se perceber que a fé católica, a nacionalidade, o desejo de construir uma nova vida com a manutenção da polonidade se constituem nos laços que estruturam a identidade da colônia.