No tocante romance Nunca Como Antes, a singularidade de novos começos é entrelaçada com a poderosa conexão entre duas almas. Tana, uma jovem filha única, experimenta uma reviravolta existencial ao assumir o papel de cuidadora para uma senhora nonagenária. A partir do primeiro dia nesse novo emprego, suas trajetórias se entrelaçam, desvendando um emaranhado de experiências. Transportando-nos para uma cidade litorânea, aparentemente paradisíaca, somos conduzidos a uma narrativa rica em surpresas, compartilhada por Dana — a senhora de noventa anos que vivenciou a Segunda Guerra Mundial. Através das memórias de Dana, Tana se vê imersa numa trama densa, entrelaçando a busca pela realização de um último sonho com a descoberta de uma história repleta de abandono, abuso, prostituição, superações, paixões e redenções. Em meio à beleza cênica da cidade, a história se desdobra enquanto ambas as mulheres enfrentam os traumas e as alegrias que a vida lhes reservou. Dana, por sua vez, rompe com o silêncio que envolveu sua jornada, narrando as experiências que, por medo, vergonha e estigma, foram por tanto tempo mantidas ocultas. Nunca Como Antes emerge das inúmeras histórias experimentadas por uma mulher desde o seu nascimento, narrativas que se desenrolam diariamente e frequentemente são ignoradas, sufocadas pelo medo, pela vergonha, ou silenciadas simplesmente pela sua condição de mulher.