As casas de farinha apresentam destaque na economia do estado de Alagoas, por abranger mais de 500 casas de farinha com cerca de 26 mil trabalhadores que processam a mandioca no agreste alagoano. No processamento da mandioca, são gerados resíduos, como a manipueira, que apresentam elevadas concentrações de glicosídeos cianogênicos. Parte desses glicosídeos favorece a produção de ácido cianídrico que é liberado no ar das casas de farinha. Devido a inexistência de um gerenciamento desses resíduos, ocorre a exposição dos trabalhadores, da população que vive no entorno das casas de farinha e do ambiente, uma vez que, a manipueira é lançada indiscriminadamente no ambiente aquático. Este livro traz informações quanto as características da manipueira gerada, o impacto do lançamento indiscriminado dessa manipueira nos corpos d'água e ainda avalia a concentração de cianeto no ar das casas de farinha localizadas no agreste alagoano. Por meio de questionários, foi realizada a investigação do conhecimento dos trabalhadores e da comunidade exposta, em relação aos riscos causados pela exposição a resíduos cianogênicos.