A obra analisa a formação da historiografia acadêmica no Brasil colônia, tomando como referência os escritos da Academia Brasílica dos Esquecidos, instituída em março de 1724. O estudo aborda a produção letrada na Bahia colonial e o papel das academias históricas na Europa; os debates relativos à escrita da história na passagem do século XVII para o século XVIII; e a relação entre crítica em sentido amplo e erudição crítica. A imagem do cego e do coxo que se entreajudam (ou se prejudicam mutuamente) - tema do certame literário da penúltima conferência da Academia dos Esquecidos - ilustra a conjugação de erudição e retórica observada na historiografia que ali se produzia, em sentido oposto ao de uma corrente que pregava vias distintas para erudição e retórica na constituição da história como disciplina científica.
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