O cheiro de fogão a lenha, limpo com ramas de alecrim, aromatizava o ambiente. Ana limpava com esmero as panelas de ferro, enquanto o tacho borbulhava com doce de goiaba. Naquela tarde de agosto de 1956, os ipês estavam floridos e tudo parecia calmo. Até que os gritos da fazenda ao lado irromperam as porteiras, vindos das terras de Joaquim. Cavalos e um carro veloz deixavam poeira alta. Joaquim passara dentro de um carro e meu coração apertara. O que acontecera? O silêncio que se seguiu era diferente, com cheiro de chuva fina. Os pastos amarelos, castigados pelas geadas, pareciam saber que algo sério haveria de mudar os rumos dessas bandas. Eu saí correndo como quem quer alcançar, mas não quer saber. O coração palpitava, as pernas corriam, mas estavam bambas. Minha respiração foi molhada por lágrimas e seca pela poeira. O mundo pode ser tão lindo como esses ipês e tão cruel como as despedidas. Não tenho medo da morte, tenho medo das despedidas. Adentre o mundo de Luiza e permita-se viver um mundo que vem ficando para trás, mas ainda tem muito a nos ensinar.
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