O presente trabalho tem como objetivo pesquisar as relações intertextuais existentes entre o romance "Ensaio sobre a Cegueira", de José Saramago, e as reflexões propostas pelo pensamento de Martin Heidegger. A partir de questões como o "ser" e a "verdade", tentaremos estabelecer parâmetros possíveis de leitura da representação da "cegueira", criada por Saramago, capaz de afetar o homem contemporâneo. Delimitando como palco de atuação o mundo denominado pela crítica como "pós-moderno", é nosso intuito apresentar e questionar algumas teorizações sobre o pós-modernismo e refletir sobre sua possível correspondência com a sociedade atual e com a ficção de Saramago. A verdade será desconstruída, principalmente no sentido de evidenciar que o sujeito perdeu sua força dentro da trama complexa do mundo pós-moderno. Pensaremos, ainda, neste sujeito cego e sua caminhada por uma cidade labiríntica. Procuraremos perceber como o romancista português utiliza-se destes dados, através de uma dominante ontológica, para problematizar o ser humano e seu vínculo com um mundo marcado por um estado de "cegueira" e assim, através da ficção, compor seus questionamentos pautados na ética e na existência.
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