Nesta obra, Rafael Voigt Leandro discute o projeto literário amazônico de Alberto Rangel esboçado nas obras "Inferno Verde" (1908) e "Sombras n'água" (1913). Há várias evidências de que esse projeto de Rangel possui consonância com aquele delineado por Euclides da Cunha em sua experiência na Amazônia. Além de apresentar breve retrospectiva da história da literatura amazônica, para compreender de que maneira Euclides e Rangel dialogam com essa dimensão da cultura brasileira, o autor analisa o plano estético-literário do trabalho de Euclides, a fim de comparar e extrair características estilísticas da literatura amazônica de Alberto Rangel, que alia também arte e ciência, binômio da literatura euclidiana. Ao final, procede a uma leitura hermenêutica das narrativas de "Inferno Verde" e "Sombras n'água", indicando os diferentes matizes do projeto literário de Rangel. Este livro é uma boa porta de entrada para os interessados em compreender as representações literárias da Amazônia no início do século 20.