Analisa a estrutura e o funcionamento do sistema de saúde para os povos indígenas da Bolívia e do Brasil, como parte de uma política de cidadania étnica e inclusiva, de promoção da saúde pelo respeito dos direitos das populações indígenas e também em adesão às diretrizes dos Direitos Humanos e às convenções internacionais. O trabalho mostra-se relevante na medida em que estes sistemas de saúde apresentam-se como alternativa efetiva no combate aos problemas de saúde e também como forma de quebrar com o ciclo vicioso da exclusão social e cultural sofrida pelos povos indígenas. As políticas de saúde para as populações étnicas, em sintonia com as diretrizes do Direito Internacional, têm a pretensão de considerar os indígenas não somente meros usuários do sistema de saúde, mas também protagonistas deste sistema, e portadores de saberes e práticas tradicionais, atuando em todas as etapas das políticas públicas, protagonismo que também pode ser visto na movimentos sociais indígenas e nasua atuação mesmos para efetivação e melhoras, não somente dos sistemas de saúde, mas também dos avanços constitucionais dos países latino-americanos.