Esta obra investiga as possibilidades que o meio digital abre para o texto poético, assim como as consequências que os ambientes do ciberespaço podem trazer para esse tipo de trabalho. As hipóteses são: a linguagem híbrida do meio hipermidiático amplia o campo sígnico; mudanças epistemológicas operam-se na noção de texto; a animação e os recursos 3D ampliam o caráter polissêmico do texto; a midiatização da poesia sugere a conclamação do leitor no processo de cocriação e a atuação do poema digital no processo do leitor em sala de aula. Trata-se de uma análise das relações fluidas estabelecidas na pós-modernidade, sobretudo no que se refere ao espaço em seus aspectos físicos e das relações literárias. Dois encaminhamentos teóricos utilizados são o conceito fricções, segundo Vera Casa Nova, e teorias ligadas à constituição e estética do hipertexto, segundo Landow, Deleuze, Guattari, Lévy, dentre outros. Em meios aos objetos de análise estão: "Pluvial", de Augusto de Campos e "Cromossomos", de Arnaldo Antunes.