Investigar o papel da ouvidoria nas organizações universitárias públicas brasileiras; analisar como se processa a comunicação nesse contexto e discutir suas probabilidades e improbabilidades foram nossos objetivos neste trabalho de pesquisa. Para tanto, compreendemos a comunicação como constituinte fundamental na evolução da sociedade, por meio de processos autopoiéticos e autorreferenciais e via relações de interpenetração e acoplamento mútuo, tendo por base os estudos de Luhmann (1996) e o método proposto por Thompson (1995). Entre nossas constatações estão evidências de que a comunicação na ouvidoria das universidades públicas depende, principalmente, da interação humana, embasada no diálogo e na percepção de como os diversos atores: demandantes, funcionários/servidores, professores e gestores utilizam a linguagem, tanto verbal como não-verbal, para expressar-se, compreender as mensagens, inclusive simbólicas, relacioná-las às suas experiências particulares e, assim, produzir sentido.