Como um gesto de contraposição aos esquecimentos do destino da humanidade, que é a vida, ofereçamos, sempre, poesia. As obras A rosa do povo (1945), de Carlos Drummond de Andrade, e Poesia liberdade (1947), de Murilo Mendes, encerram, em si, a sensibilidade e, por ela, instigam o leitor a se envolver na complexidade que os poetas imprimem em seus versos e na reflexão sobre os fatos reais que são transfigurados pela linguagem poética. O autor traz à superfície a condição humana imposta pela terrível ação da Segunda Guerra Mundial, lembrando-nos que a literatura brasileira daquela época não ficou indiferente à barbárie. Ao analisar os poemas, além de investigar o lugar ocupado pelos autores no Modernismo, possibilita a visibilidade da tensão produzida pelos seus textos, a qual surge do embate entre o local e o geral, o particular e o universal, cruzando o empenho dos poetas para construir reflexões sobre a humanidade e seu destino no embate com a destruição que a guerra provoca. Por meio desse estudo, adentramos o mundo das ideias contemporâneas sobre o significado da estrutura e das temáticas dos textos poéticos, tomando-os como construtos estéticos que são. Assim, a lírica moderna nacional, que se tornou objeto da pesquisa, à luz das teorias de Iser, Candido, Merquior e demais estudiosos da literatura, é interpretada na sua capacidade de expressar as posições dos poetas sobre o real da guerra e os efeitos que ela produz no ser humano e, consequentemente, na sociedade.
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