Fruto da pesquisa realizada durante o mestrado, pela autora, o livro traz uma análise sobre como aconteceu a inserção de mulheres negras em centros de educação infantil da rede pública de Joinville e em setores da área da saúde, identificando fatores sociais, culturais, políticos e econômicos que influenciaram neste processo. A intenção foi diagnosticar aspectos preponderantes na inserção em determinadas ocupações da saúde e da educação, articulando questões referentes a gênero, raça, emprego e escolarização, em uma cidade que cultiva tradições germânicas. No que diz respeito às estratégias, o concurso público, o aumento da escolaridade e a inserção na área da saúde e da educação são elementos centrais. Foram realizadas entrevistas com sete mulheres negras que atuam em centros de educação infantil do município de Joinville, postos municipais de saúde e uma maternidade estadual. Praticamente todas as entrevistadas eram de origem pobre, com dificuldades de prosseguirem com sua escolarização por conta de questões econômicas e sociais, o que as levou muitas vezes a inserirem-se em cursos de graduação de pouca qualidade, mas com mensalidades mais acessíveis. A pesquisa evidenciou que a inserção na educação e na saúde necessariamente não se dá por opção e sim como uma forma de fugir do serviço doméstico e do serviço fabril, além de indicar que todas em algum momento de suas trajetórias foram vítimas de discriminação racial.
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