Esta obra investiga as minúcias do texto de divulgação científica sob uma perspectiva crítica que se propõe a analisar o conjunto de crenças, pressupostos, privilégios e mesmo preconceitos que compõem o gênero de divulgação científica. Nessa análise, a autora mostra como o ser humano parte de si mesmo como medida entre o certo e o errado e como as nossas construções discursivas são formadoras de nossas bases morais e sociais. De maneira bastante didática, as análises desconstroem o imaginário da neutralidade científica, evidenciando as posições de mundo - muitas vezes escondidas - que sempre assumimos quando enunciamos nossas verdades. Situado no embate entre o senso comum e o saber científico, este livro encontra no discurso um elemento capaz de fornecer pistas valiosas sobre as bases morais, os papéis e os limites da ciência em nossa sociedade. Mais do que uma análise sobre o tema da experimentação animal, os leitores encontrarão um diálogo sagaz e atual sobre nossa relação como mundo e nossa percepção sobre a verdade, a ciência e a ética.