O que resta no solo urbano moderno e atual da cidade dos séculos XVI, XVII e XVIII são vestígios, são fachadas, sobrados, igrejas, calçadas que levaram séculos para serem construídas, mas nada disso, em seu presente, traz a cidade do passado de volta, a não ser através da memória, dos seus registros históricos e dos vestígios que restam em seu solo. Sendo assim, há a convivência de duas ou mais cidades diferentes, locais moldados por discursos históricos, literários e pessoais; pelas vidas de cada um de nós, que reinventa a cidade através das próprias lembranças, que traça seus caminhos por meio da memória.