Embora a gravidez na adolescência pareça estar a diminuir na África do Sul, continua a ser elevada e a ser objeto de debates acalorados. Alguns comentadores argumentam que o subsídio de apoio à criança (CSG) está a alimentar os elevados níveis de gravidez precoce. A fim de investigar melhor esta relação, foram efectuados dados qualitativos através de entrevistas aprofundadas com beneficiários do subsídio de apoio à criança. O estudo foi efectuado em Mtubatuba, situada no norte de KwaZulu-Natal. A maioria das mulheres deste estudo negou a existência de uma relação entre o CSG e a maternidade precoce. Referiram que o subsídio era mínimo, pelo que não acreditavam que se pudesse ter um filho para ter acesso ao subsídio, devido ao elevado custo de vida na África do Sul. As mulheres do estudo argumentam que há vários factores que contribuem para a maternidade precoce. A falta de acesso a serviços de saúde reprodutiva, como os contraceptivos, a pressão dos pares e as relações intergeracionais foram alguns dos factores mencionados no estudo. A resposta à necessidade de serviços de saúde adequados à idade e amigos dos jovens deve ser uma prioridade importante para o governo.