Em geral, existe uma percepção generalizada de que a capacidade de defesa de base quantitativa é automaticamente transformada em capacidade de dissuasão. Contudo, na prática, pode não ser este o caso. Como os recentes acontecimentos na Ucrânia têm demonstrado - o domínio quantitativo dos países ocidentais, tanto em termos económicos como militares, em comparação com a Rússia, não resultou numa dissuasão eficiente e não impediu a Rússia de realizar as suas ambições na região. Assim, em geral, o enfoque deveria ser numa melhor compreensão do que cria uma dissuasão eficiente, no desenvolvimento dos potenciais canais de dissuasão e em testá-los na prática. Também deveria ser dada mais atenção à compreensão do que são as linhas vermelhas e "os elefantes negros", e às questões de controlo de danos. Isto está ligado às sugestões para se concentrar mais no oponente directo. Paradoxalmente, as capacidades militares estonianas aumentaram actualmente, mas a forma como conhecemos e compreendemos o oponente (isto é, a Rússia) diminuiu.